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Os 6 Passos para Elaborar um Inventário de GEE
Realizar um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é um processo estruturado que segue padrões internacionais como o GHG Protocol. Essa metodologia garante que as emissões sejam contabilizadas de forma precisa, permitindo um planejamento eficaz para reduzi-las. Conheça agora os seis passos fundamentais para elaborar um inventário de GEE:
1. Definir os Limites Organizacionais
O primeiro passo é determinar quais operações da organização serão incluídas no inventário. Para isso, é necessário escolher uma abordagem que estabeleça os limites da contabilização, podendo ser:
Participação societária: As emissões são contabilizadas proporcionalmente à participação da empresa em joint ventures ou subsidiárias.
Controle operacional: A empresa contabiliza 100% das emissões das atividades sobre as quais tem controle, independentemente da participação societária.
Essa definição assegura que o inventário seja consistente e reflita a realidade das operações.
2. Definir os Limites Operacionais
As emissões devem ser classificadas em três categorias, conhecidas como escopos:
Escopo 1: Emissões diretas provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela organização (exemplo: queima de combustíveis em veículos próprios).
Escopo 2: Emissões indiretas relacionadas à aquisição de energia elétrica, vapor ou aquecimento.
Escopo 3: Outras emissões indiretas, como transporte de fornecedores, descartes de resíduos e viagens de negócios.
Delinear claramente os limites operacionais permite identificar todas as fontes relevantes de emissão.
3. Selecionar a Metodologia de Cálculo e Fatores de Emissão
Para quantificar as emissões, é necessário utilizar metodologias reconhecidas e fatores de emissão confiáveis. Esses fatores são coeficientes que convertem dados brutos, como consumo de combustível ou eletricidade, em emissões de CO₂ e (equivalente de dióxido de carbono).
A seleção da metodologia deve considerar:
Setor de atuação.
Especificidades regionais.
Disponibilidade de dados precisos.
4. Coletar Dados das Atividades
A coleta de dados é uma etapa crítica e exige organização. Os dados incluem:
Consumo de combustíveis e eletricidade.
Uso de matérias-primas.
Informações sobre transporte e logística.
Para garantir qualidade, recomenda-se:
Centralizar a coleta de informações.
Utilizar ferramentas de gestão de dados.
Validar os dados coletados com fontes confiáveis.
5. Calcular as Emissões
Com os dados em mãos, é hora de aplicar os fatores de emissão para quantificar as emissões.
Exemplo:
Se um veículo consumiu 1.000 litros de gasolina em um período, multiplica-se esse volume pelo fator de emissão correspondente (disponível em bases como o IPCC ou GHG Protocol).
Esse cálculo gera os valores finais de emissões em CO₂ e, organizados por escopo.
6. Elaborar o Relatório de Emissões
A última etapa é documentar os resultados em um relatório abrangente e transparente. O relatório deve incluir:
Detalhamento das fontes de emissão.
Metodologias e fatores de emissão utilizados.
Comparativos com anos anteriores (se aplicável).
Recomendações para ações de redução de emissões.
A publicação do relatório demonstra compromisso com a sustentabilidade e fortalece a imagem da organização perante stakeholders.
Seguir os seis passos para elaborar um inventário de GEE é essencial para qualquer organização que deseja compreender seu impacto ambiental e planejar ações de redução de emissões. Com uma metodologia clara e organizada, é possível gerar resultados confiáveis, promover a eficiência operacional e contribuir para um futuro mais sustentável.
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